@rkythethuras de moWymentho: Conto de Escola..como prometido e não cumprido...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Conto de Escola..como prometido e não cumprido...

Olá, como prometido o Conto de Escola (Machado de Assis) está linkado no título do post...uma boa leitura...e tragam na quinta uma quantidade infindáveis de interpretações, perguntas saborosas para uma grande e infindável conversa...abraços

2 comentários:

Laura disse...: Valeu prof!; 19 de setembro de 2007 às 14:25
Celso Machado disse...: Machado realmente é muito bom! Ótima metáfora do que ocorre na educação desde os dias do império até hoje! O aluno que mata aula, a escola desinteressante, a preocupação dos pais por uma profissão rentável, o desleixo do mestre e etc... E aquela tensão decorrente da sensação de se estar sempre em débito de alguma coisa; numa total perda do sentido de finalidade.; 20 de setembro de 2007 às 18:06

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João Antônio - Malagueta, Perus e Bacanaço

Conexão açaí.

Macapá Urgente
Calor de tarde quente
O vento sopra
Na árvore verde
Espaço e tempo de aprendente
Lembro da redação
Na janela a olhar, o balanço das folhas
A ventar
Lembrei de mim
De um texto que escrevi, mas
Eu nem sei virgular meu texto
Pontos, exclamações, a olhar
As folhas a ventar
Sim, eu escrevi, mas não aprendi
a pontuar, virgular, escrevinhar
Para quê? O menino vai vender,
prender, assaltar, namorar, amar,
brigar, viajar, quem sabe o que é
preciso aprender. Eu, depois
de muito tempo, encontrei o que eu
quero, pelo menos, aprendi algumas
coisas nas folhas da árvore a ventar,
o barulho do pássaro, as texturas do
verde, de cada folha em sua totalidade
e individualiade a cheirar, o verde
da folha, o vento a balançar para o lado
de que venta, para lá e para cá, a seguir
o vento a ventar.

Agosto o mês da ignorância

Com efeito, sabemos que a explicação não é apenas o instrumento embrutecedor dos pedagogos, mas o própio laço da ordem social. quem diz ordem, diz hierarquização. a hierarquização supõe explicação, ficção distributiva, justificadora, de uma desigualdade que não tem outra explicação, senão sua própria existência. O quotidiano do trabalho explicador não é mais do que a menor expressão de uma explicação dominante, que caracteriza uma sociedade.
Jacques Ranciere. O mestre ignorante. Autêntica, 2005.