quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Acontecimento: Pixação, grafitagem

Oi, na última aula eu levei o livro TSSSSSSSSSSSSS....., sugestivo desde o nome, para problematizar o tema da pixação, grafite, intervenção na urbs. Eu procurei e vou linkar um texto que está na Teias, lá vai:




PICHAR, PIXAR, GRAFITAR, COLAR: OS DISCURSOS E REPRESENTAÇÕES SOBRE AS PICHAÇÕES NAS ESCOLAS ANALISADOS NA PERSPECTIVA AMBIENTAL E LIBERTÁRIA
Rodrigo Barchi



Este é o texto que falei, em aula, mas nessa revista tem um sobre mídia e educação da professora Mônica Fantim. Boa Leitura!!!
Abraços pixados, grafitados, pichados...hehehehehhe

9 comentários:

Anônimo disse...

Olá professor...sou sua aluna da turma T5T6 e gostaria de saber se este último trabalho realmente pode ser feito em dupla ou somente individualmente???

Anônimo disse...

Nome: José Jorge de Moraes Vieira da Cunha
Área: Psicologia
Matrícula: 2006.1.00580-11
Turma: 11
E-mail: ze.jorge@yahoo.com.br



Vida escolar x vida sexual

Nasci no Rio Comprido, no início da década de 1970 era um bairro nobre, próximo do centro, tranqüilo, arborizado, residencial, mas com comércio próximo. Muito diferente de hoje, pé do morro, misturando-se com o complexo do Turano, palco da Tropa de Elite.
Fui cedo para escola e me revoltava com meus cadernos rabiscados em comparação com os belos fichários de minha mãe normalista. Queria aprender a ler e a escrever e me faltava paciência. Ou era apenas uma desculpa para não ir a escola, sabe-se lá. Lembro de uma servente mulata, bem acima do peso, que me conduzia aos prantos em seu colo, pelos corredores da escola.
Com a separação dos meus pais fui morar em Vista Alegre e fiz o CA numa escola particular muito rígida e com ônibus escolar. Lembro que usava botinha ortopédica e reclamava muito. Uma vez falei pra minha mãe que estava incomodando, “Deixa de besteira, menino, tem que usar pra consertar o pé”. Fui para a aula reclamando. Quando voltei e por fim tirei a bota, saiu uma bola de gude quicando em direção à cozinha, para minha diversão e remorso da minha mãe.
Depois nos mudamos para Jacarepaguá e fui estudar na Escola Municipal Juliano Moreira. Era bem pobre, bebíamos água da bica e a merenda era sempre macarrão com salsicha. Por receber crianças analfabetas, a primeira série era responsável pela alfabetização. Graças a isso eu passei direto para a segunda série.
A quarta série fiz na Escola Estadual Pio X, também em Jacarepaguá. A merenda era muito melhor, macarrão com salsicha só uma vez por semana, o refeitório era coberto e cantávamos o hino antes da aula. Sentia uma certa atração pela professora de Ciências e Língua Portuguesa, começava a despertar em mim um sentimento diferente.
No meio da quinta série me mudei para Montes Claros, em Minas Gerais e a família do meu padrasto me conseguiu uma bolsa no Colégio São José. Assisti duas semanas de aula e sofri um traumatismo craniano num acidente de carro (surfei uma pick-up numa estrada de chão e um buraco me derrubou). Fiquei uma semana em coma, um tempo internado, outro tempo sem equilíbrio. Quando voltei , estava em recuperação. Fiz, passei e entrei de férias.
Só mesmo no ano seguinte é que pude sentir o astral do “colégio de padre”. Era estranho. Sempre tinha alguma missa, aulas de religião, professores celibatários e professoras deliciosas. Essa parte era boa, terreno fértil para masturbações diárias e orgasmos secos (minha genitália infantil ainda não produzia as secreções constituintes da ejaculação). As feias e as freiras não eram homenageadas, mas da recepção à direção, todas que mereciam, povoavam minha mente na privacidade vespertina do banheiro de uma casa vazia.
Repeti a sexta série. Injustiça. Homenageei tanto a professora de matemática e ela me reprovou por dois décimos! “Aos onze anos de idade, sentia todo o peso do mundo em minhas costas” citando o Marvim dos Titãs, que nessa época ainda não faziam sucesso. Foi um baque, aquela mulher, séria, dizendo que eu não havia estudado nada e que não podia ir para a sétima série sem saber o que ela havia ensinado. Fiquei com raiva, parei de homenageá-la e passei de ano.
Na sétima série as meninas começaram a disputar minha mente com as professoras. Eu era pobre e feio, elas, bonitas e ricas, só mesmo em contos de fadas e na minha mente que o amor acontecia. Isso se repetiu na oitava série.
Vim morar com meu pai no Rio de Janeiro, fiz um primeiro ano mequetrefe e repeti. Fiquei um ano estudando pra um concurso e passei para Escola Nacional de Ciências Estatísticas. Mas só no segundo ano que minha vida melhorou, já com 17 anos, passei da teoria para a prática, me engajei com o diretório acadêmico, planejava trotes mais suaves para as calouras e instituí o vale-trote. Era vendido no DA, se alguém fosse dar trote bastava apresentar o vale e ficava livre até o dia seguinte. Deu muito certo. Namorei bastante e fiquei sempre em dependência em algumas matérias. Meu trabalho tinha um horário flexível e eu passava mais tempo na escola.
Depois do ensino médio minha tara por professoras acabou. Foi bom enquanto durou, desenvolveu minha mente, meu braço direito e aprendi muito com literaturas eróticas, o que me deu uma base teórica fundamental e imprescindível para a prática, com qualidade, que imprimi nas experiências que tive nessa época.

Carol CzM disse...

Olá professor...sou sua aluna da turma T5T6 e gostaria de saber se este último trabalho realmente pode ser feito em dupla ou somente individualmente???

Esqueci d dxar o endereço para resposta...rs

Schuabb disse...

A grafitagem se desenvolveu muito e hoje em dia acredito que seja menos desvalorizada.
O que não dá é pra sair pixando o quintal dos outros. :(

mirela disse...

sensacional, essa inovação toda! acabei de ver aqui em cima um trabalho enviado como comentário!
professor, qual o nome do filme, aquela sátira, que vc passou na última quinta-feira à noite?

Didática - Professor Márcio disse...

Eu passei a Vida de Brian, para que possamos ter uma vida simples, e escolher fazer as coisas certas até nos piores momentos de nossa vida. Abraços e obrigado pelo comentário

Rodrigo Barchi disse...

Saudações... meu nome é Rodrigo Barchi, e vi que meu texto na revista teias foi citado por aqui...
Queria saber sobre as repercussões do meu trabalho (resultado de uma dissertação de mestrado) e dizer que ele está disponível on line...
Para quem quiser, meu e-mail é rbarchicore@uol.com.br
Abraços.

Didática - Professor Márcio disse...

Oi Rodrigo, que legal, fique à vontade para conversar com as pessoas, eu indiquei seu texto nas aulas de didática que tenho na UERJ, sou orientando da professora Nilda, e coloquei seu texto por aqui...abraços

Rodrigo Barchi disse...

Olá Márcio... fico agradecido, e estou aberto ao debate...
Gde abraço.