quarta-feira, 26 de março de 2008

Histórias, mentiras e invencionices I


Fui para casa pensando sobre as histórias que foram contadas na aula de ontem, quais os sentidos dessas narrativas? O que importa ficarmos falando de histórias de um tempo pretérito? Como isso pode se enredar para a didática na escola? Talvez sejam perguntas que não se querem respondidas!!! Mas, se a temos é necessário disponibilizá-las para o debate. Na primeira aula algumas questões foram colocadas, no sentido de como agir em relação as/aos alunos e alunas (seres sem luz!!!), quando estes se envolvem em "atos" que ultrapassam os limites do público. Não sei ao certo como lidar, ou como lidaria, acredito que vivendo a situação uma resposta apareceria, quem saiba não seja a melhor, mas uma das questões que acompanham nossa profissão é o ato de relacionarmos teoriapráticateoriaprática, ou, práticateoriapráticateoria. Assim, escritas juntinhas sem ordem de valor de uma sobre a outra, mas indissociáveis. Outra coisa que me deixou muito feliz foi a presença dos alunos do professor de filosofia (não sei o nome das pessoas), sempre penso na escola em relação a sua cultura material, ele apontou a presença da cultura humana na escola. Sem alunos não temos escolas. Sem intuição não tem planejamento e ação educativa. Aí é preciso ponderar os elementos de uma ultraracionalidade que opera em nossos fazeressaberes, por isso me atrevi a convidar vocês para se ausentarem, um pouco, de nossas certezas mais entranhadas. Bem, sei que falei muito, e na próxima aula vou fazer um voto de silêncio. Na segunda aula, fiquei mais quietinho, isso foi ótimo, interrompi menos e escutei mais, muitas estórias, histórias, mentiras e invenções. Medalhas de um tempo esportivo, brincadeiras de criança, fotografias de professoras que gostamos e odiamos, lembranças produzidas para nossos pais, livros de lembranças da turma de amigos, poemas recitados por professores, cartas de despedida, álbuns de nossos passos na escola, cadernos de alfabetização, passeios em outras cidades, danças, formaturas realizadas, vividas e sonhadas, irmãos, amigos, paixões, arruaças e bagunças que nossos/as professores/as reprimiam, ou então, assumiam como processos didáticosmetodológicos para ensinar. Professores autoritários, dorminhocos, bêbados, queridos, bravos, apaixonantes; histórias que potencializam uma escola em devir, que não se fecha em si mesmo, mas que se expande, expande nossas lembranças, nossos encontros com pessoas que foram presentes em nossas vidas...bem...tem muita coisa...mas como falo demais...não quero escrever demais...heheheheheheh....até quinta com mais um pouco de senta que lá vem a história...abraços estimados
Fotografia do livro Historia do Uniforme Escolar no Brasil, de Furio Lonza.

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