sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Jongo, chuva, e, eu adoro sol!!!!!!

A chuva deu um tempo, pelo menos é o que vejo na pequena janela da minha casa, que tem como vista à parede do Shopping de Niterói, vejo uma claridade que entra pela minha janela, clareando tudo e oxigenando o meu quarto, é que ele está fétido com a ausência de sol, o que o deixa com um cheiro úmido no ar, ácaros e cabelos estão por todos os lados, livros engarrafados atravancam o acesso de outros; a chuva deixa o mar sujo, dois dias levam para que, seja possível acessar, novamente, uma das práticas mais cariocas de se viver, ir à praia!!! Sol, mar, cerveja, moças e moços desfilando seus corpos sarados, gordos, magros, médios, tatuados, cicatrizados, peludos, depilados, brancos, negros, amarelos; a praia engarrafa no verão, eu quero é andar descalço na areia, tu não quer? A menina a pinxar - meu filho chamava o pixador/pichador , de pinxador - acho que ele tinha razão, os artistas ou artesões da arte de pixar/grafitar paredes, pinxam no lixo o sentido da arte, invadem, ocupam, inventam no vazio. Como num estado democrático e filho da dita-rapadura, é melhor cercear seus direitos artísticos, aliás o que é isso, grafitar/pinxar/pixar é coisa de bandido, ISSO NÃO É ARTE!!! Como em todas as classificações, o pensamento engarrafa, quem é bandido neste país? Olha, eu não sei, mas tem gente que diz que sabe. Pobre, aquele que te tira o teu tênis na rua, que mata o turista para alimentar o tráfico...uhhhhhhuhuhuhuhuhuhuh, mas um fantasma vai puxar seu pé!!! Pensamento não pode assustar, tem que ser violento, escreveu Adorno e Horkheimer. Eu vou pular aqui de cima, rissoss é brincadeirinha!!!! Tô falando do pensamento, não é uma carta suicida...hahahahah


A menina foi solta, mais o pensamento está preso, ela vai ser condenada, além de pinxar o vazio da Bienal com sua violenta e agressiva arte, que não mata ninguém, e tão pouco julga o que é a arte, acabar por transvalorar o que seja a arte de julgar no Brasil, para alguns um abre copus de primus, que desce redondo e reanima, para outros um vazio preenchido de ferro; estamos numa cela e pensar não é celar, engarrafar, o pensamento é se esbarrar mas continuar seguindo, é o encontro com o seu umbigo e um esfacelamento desse humilde buraquinho.

O sol há de brilhar imensamente, a chuva vai dar um tempo finalmente, e aí, a justiça no mundo bizarro vai fluir, é, aqui para baixo é diferente, para uns, algo novo e diferente, para outros violência e fascismo com toda gente, quebraram a sede de jongo da serrinha, e aí, o povo esqueceu de sua gente, do trabalho com crianças eficiente, alegria e tristeza dessa gente, meu deus, para onde é que vamos, matando nossos sonhos e vidas. Quando escrevi isso aqui, estava cantarolando Juízo Final, de Nelson Cavaquinho

O sol....há de brilhar mais uma vez

A luz....há de chegar nos corações

O mal....será queimada a semente

O amor...será eterno novamente

É o Juízo Final, a história do bem e do mal
Quero ter olhos pra ver, a maldade desaparecer

O amor...será eterno novamente
Me deu uma vontade de escrever, de cantar está parte, de dançar do seu jeito, com seu ritmo, com seus sonhos, bom tudo para todos e todas. Estou tocado pelo jongo da serrinha, manifestação de ontem de noite, na praça onze no Rio de Janeiro. Viva o Jongo da Serrinha, viva o samba, viva a vida!!!


Um comentário:

Anônimo disse...

Que pena que a chuva destruiu muitas vidas mas ela também alimenta e nutre outras vidas e aqui no Amapá é importantissima para a continuação da nossa biodiversidade florestal e animal, portanto, é o ciclo natural da vida.
Então curta bastante o verão carioca pq quando chegar aqui estará chovendo muiiiitoooooo!!!!!!!!!!!!!!!! tô com saudades e suas indagações deste blog são interessantissimas.
Tchau!