quinta-feira, 17 de maio de 2007

Acerola e Laranjinha e a Tradução na escola...




Terça-feira, 15 de maio, assistimos um dos episódios de "Cidade dos Homens", com o sugestivo título de Coroa do Imperador. Gosto de passar esse episódio por diversos motivos, primeiro ele coloca uma discussão sobre o tema da "tradução", tradução do professor em relação ao conteúdo, e dos jovens sobre o conteúdo e a "realidade" cotidiana e como o saber da sala de aula se coloca na vida das pessoas e essas se apoderam do que aprendem para pensar as suas vidas. Assim fica visível a apropriação de saberes "escolares", "científicos" e do "senso-comum" na prática de nossas vidas. Outra questão é da linguagem que as personagens de "Acerola" e "Laranjinha" conduzem para "explicar" o que entenderam sobre a "matéria", "conteúdo" apresentado pela professora; retorno à primeira questão sobre os saberes tecidos pelas crianças e jovens e sua invisibilidade na escola, e volto nas discussões em sala sobre a possibilidade de usos do poder pelas crianças e jovens na escola e na vida desses saberes (questão que ainda deve ser mais discutida!). Há também uma fronteira colocada no filme, entre a verdade ( por ora presente na história) e a ficção (também presente na história), e aqui faço uma ligação com a questão de onde partimos, o que pensamos, o que não pensamos, e que isto está presente em nossos planos de aula, planejamentos, em nossas andanças pela educação, e em nossas "verdades". Ou o que acreditamos que seja a verdade? Questão no mínimo complexa..., enfim, Laranjinha e Acerola nos movem por diversos caminhos no campo da educação, nas políticas públicas de segurança pública, na sociologia da vida cotidiana, na relação ensino e aprendizagem, na poesia da vida e nas invenções cotidianas que estão presentes na escola, nas salas de aula, nas ruas, enfim em nossas vidas.

6 comentários:

Anônimo disse...

Professor!!!!
Consegui entrar no blog!!!!!!
Vou, na medida do possivel, fazer visitas!!!!
Até terça!!!
Melissa

Unknown disse...

Marcio, adorei o que assistimos!!! Esse episódio é tão realista e ao mesmo tempo tão otimista!!!
Uma coisa que não posso deixar de pensar é no quanto o tempo que os professores têm com os alunos é pouco, considerando que para cada informação recebida dez links diferentes são feitos nas 30 cabecinhas em uma (1) sala de aula!!! É uma equação complicada, não?

Anônimo disse...

Márcio, o filme que assistimos leva a várias reflexôes, mas como estas dependem da formação e da realidade vivida por cada um de nós,ao vivenciarmos as situaçoes que o filme procura reproduzir, não devemos fazer pré-julgamentos mas sim procurar entender as diversidades e tirar delas as lições, para o bem ou para o mal.
Por outro lado espero utilizar bastante os links que vc deixou, pois serão muito úteis durante a licenciatura.

Didática - Professor Márcio disse...

é o filme rende coisas para as nossas cabecinhas, e como diz Elis, quantos links são acessados quando ouvimos, sentimos, olhamos, tocamos os diversos saberes que estão presentes em nossas vidas...abraços estimados
Márcio

Anônimo disse...

Professor, a minha unica critica é que a professora nao usou a apropriação que o menino fez do ensino pro seu mundo, explicando "-É ta certo mas nao é bem assim..." ele ficando com aquele conhecimento da forma que ele fez nao vai servir de grande coisa pra ele mesmo.. a professora deveria ter acessado o linguajar da turma pra explicar de forma mais "correta" o aluno ali deu uma chance da professora fazer um gancho e desenrolar a aula chamando a atenção da turma, mas ela nao fez...

Didática - Professor Márcio disse...

Aluísio, essa possibilidade que você menciona é muito boa, não é a questão de certo e errado, mas da apropriação, a professora poderia ter se aproximado mais da questão e colocado algumas outras coisas, mas como é "ficção" aquilo resolve o problema do roteiro, talvez para nós seja apenas o início, o começo de nossa história...e de nosso roteiro